Eu sempre soube de um amigo, eu sempre soube que ele existira, conheço ele desde pequeno, é mais do que um amigo, me conheces a muito tempo. Quando éramos crianças brigávamos por tudo, era um disputa incansável de atenção, imperatividade, enfim, coisa de criança. Crescemos juntos no mesmo lugar, aprendendo na maioria das vezes as mesmas lições de vida, cultivando amizades, batendo em portas de moradores, atrapalhando rituais sagrados religiosos, pegando doces em dia de São Cosme e Damião, desfilando de bate-bola no carnaval, inúmeras idas á praia juntos, jogando super-nintendo, cansamos de jogar bola descalços, torcer para o mesmo time ao longo dos anos, e sem contar nossas disputas sem fim de quem era o mais bonito. E conforme o tempo foi passando devido as circunstâncias, nossos ciclos sociais mudaram, nossos amigos agora eram outros, de outros lugares, os tempos que passávamos juntos antes, já não existia mais, os lugares que eu frequentava eram outros. Na época em que eu mais fui da igreja, você não era, agora que saí, você é, irônico não? Como podemos ser tão iguais e diferentes ao mesmo tempo e manter um ótimo convívio? Acho que por que aceitamos nossas diferenças, e tudo que temos em comum aproveitamos. Hoje estamos de volta à um ciclo parecido com que tínhamos na infância, e esses dias percebi que, eu sempre tive um amigo, um amigo que eu sempre pude contar, aquele que passou muitas situações comigo, aquele com quem sempre poderei contar, que nunca irá me abandonar, uma pessoa que guarda os mais secretos dos meus segredos, conhece todos os meus defeitos e virtudes, eu sei que ele é mais do que um AMIGO, é um IRMÃO, obrigado por existir.
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