segunda-feira, 9 de julho de 2012

Será neve?


Qual o valor das coisas? Será que tudo é como o capitalismo me diz? 
Será tudo com valor material, com etiquetas e códigos de barra? Será tudo vendido, 
tudo comprado com dinheiro? Somos odiados por todos, segregados.
Qual o valor do ser humano? Será que tudo e todos tem realmente um
adjetivo ou rótulo? Será mesmo a vida sem graça longe de você?
Será isso depressão ou fruto do meu ego? Será que um dia você irá voltar?
Será que hoje vou sorrir e amanhã vou chorar? Por que chorar,
por que sorrir? Tenho tantos 'serás', dezenas de 'poréns' e poucos 'enfim',
conclusão eu não achei, quero ela pra mim, uma manhã de chuva e à noite junto de ti,
sonhar, apenas sonhar, acender essa maconha, para sorrir, desfrutar de pensamentos bons, 
passageiros, porém um alívio instantâneo. Se um dia disse que sim, não quer dizer
que o seja, eu minto. Eu choro. Eu berro mas não rezo, nem peço que você seja minha.
Das trevas eu nasci, massa escura, origem da vida, prefiro manter assim, pois não te vejo
e você não vê à mim. 
"Estás para baixo? Um pouco de neve. Estás feliz? Um pouco de neve! Estás estressado?
Um pouco de neve, claro não já nada demais um pouco de neve.
Queime seu pagamento em um dia com um pouco de neve. Te agita, nem faz frio,
domina sua cabeça, porém é só um pouco de neve. Quando a neve acabar, você estará só,
rastejando pela última, e serpa tarde, a depressão e a angústia te pegou, você não está bem,
mas é só um pouco de neve? 

domingo, 8 de julho de 2012

Lágrimas invsíveis são as mais difíceis para enxugar



Bom dia, boa tarde ou boa noite, meu nome é Heyder tenho 21 anos, signo solar peixes,
ascendente virgem e lua em capricórnio, um tanto diversificado as características de cada
astro para uma pessoa só, resultante numa cabeça depressiva pensante, cansada e angustiante.
Faço parte do sofrido proletário brasileiro, que acorda cedo para trabalhar, vejo milhares
de pessoas todos os dias conformadas programadas e alienadas se sujeitando a tais coisas,
deixando de lado a realidade e levando na descontração para não enxergarem ou não enlouquecerem
quem sabe? Vejo coisas que preferia não ter visto, tenho tido experiências ultimamente agradáveis,
porém nocivas demais, perigosas. Minha vida segue um fluxo descontrolado, entrando em choque as
coisas que eu almejo e o que é ''melhor'' para mim segundo terceiros. Sou rotulado todos os dias
por diversos nomes que não influênciam no meu carácter, ora por ignorância, ora por descriminação.
Diversas frases, teorias vem à minha cabeça da mesma facilidade como elas se vão, sonho com pessoas
que não vejo, sonho com pessoas que parecem não ser reais, mas o que é real? Vejo a foto em meu
celular, lembro como se fosse ontem e consigo sentir um pouco daquela sensação que senti no dia (memória),
se eu realmente senti ou se foi coisa da minha consciência pré-disposta à sensações,é uma incógnita. Sigo o
caminho que escolhi, o caminho da loucura, o caminho das sombras, tentando entender os mistérios,
repletos de dúvidas, você pode me dizer que por onde vou, é errado e posso ter graves consequências.
Agora me responda se puder: Qual estrada dessa vida que não nos leva a morte? Será a morte um sonho
profundo? Será a morte o fim do jogo? Nada sei, acho que não é o pior, pois nada sobrenatural
me dominou ou me fez sentir coisas e me levar à determinadas experiências, todas minhas lágrimas, e
sofrimentos foram causados por seres humanos iguais à mim. Desde então meu maior medo, minha maior
desconfiância é em minha própia raça, agora você entende por que não acho a morte tão ruím? Talvez
por que dentro da mente de um louco habita pensamentos contraditórios obscuros, e a maioria não
está preparada pra ver, louco só é louco por pensar diferente de uma maioria que se acha moralmente apta
para julgar o que é certo e o que é errado, pense nisso.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Nós somos a morte.




O hippie louco;
Anda mais louco do que antes;
Sua visível insanidade;
Consome a dor viciante.

Amante do sofrimento;
Aumentando desespero;
Aniquilando a esperança;
Em caminhos traiçoeiros.

Fechei minhas janelas;
Que é pra não te enxergar;
No escuro não me vê;
No escuro não me encontrará.

Bipolaridade exposta;
Todo peso em minhas costas;
Corpo frio alma morta;
Um corte, sangue de quem chora.

Mau humor de dia;
Bom humor à noite;
Morte rápida, morte lenta;
Morte faca, morte foice.

Sorte dele, meu azar;
Você sorrir, p´reu cantar;
Canções fúnebres;
E o fim chegar.

Morte, morte, morte;
Logo irá se aproximar;
Morte, morte, morte;
Está vindo me buscar.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Vazio


Preencher o vazio,
lugar ocupado,
vazio,cheio não importa,
ao sair fechar a porta.

Apague a luz
Me abandone na escuridão,
que é pra eu não ver,
você sumir na multidão.

Vejo inúmeras pessoas,
indo e vindo, aqui e ali,
programadas, apressadas e alienadas,
e ainda conseguem sorrir.

Sorrir está difícil,
Tudo é neutro tudo é vago,
Não estar feliz rotina és
quebrado como diamante delicado

É sempre assim,
Assim para todo sempre,
almejar tudo que não tem
alcançar e nunca estar contente.

E pra completar minha covardia
ridículo, pisciano e possessivo
pensar sempre, e nunca ter coragem,
coração inativo.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Viciante como cocaína




Eu posso ver você do outro lado
mas você nunca irá me ver,
pois receio o sofrimento, 
me escondo em trevas, deixo de ser...

Aquele, vívido, imundo e hipócrita,
feliz, com sua vida de merda.
Ora, não vale a pena se enganar,
querer dar um passo além da própia perna.

Faço cortes em meu braço,
melodia da melancolia,
cocaína sobre a mesa,
sangue escorrendo pela pia.

Não enxergas o quanto fujo da dor
com a própia dor excitante,
viciante, doentia, carnal,
meu sofrimento constante.

Saia daqui, eu te vejo sempre,
pensando, de olhos fechados,
morrendo, em orgulhos, tentativas,
falhas, pois estamos separados.

Me dói, você fugir,
queria te ligar, desligar-me de você,
queria te ver, arrancar meus olhos,
só por ser, por você ser.

Eu te amo, mas te odeio,
Querer você me faz pensar
o dia todo em suicídio,
só para repousar sem sangrar.


sábado, 31 de março de 2012

Iludir-se



Então, eis que você se entrega
nas noites de ilusões,
toma um porre de cerveja,
e tenta esquecer a merda que você é.

E a vida joga isso na sua cara,
há os que não ligam, fazem da vida piada,
há os que reclamam o tempo inteiro,
cada um com sua válvula de escape.

Mas de nada vale isso,
pois toda ida tem uma volta,
e quando eu me vejo na cama sozinho de ressaca
eu me deprimo e não consigo levantar.

Eu choro, eu grito, eu escrevo, converso
leio, fumo, bebo.
E nada disso me afasta dessa minha
crise existencial, meu inferno astral.

E ninguém pode me ajudar,
pois eu mesmo me enfiei na merda,
estou nela e não consigo sair,
me jogar quero ver tudo acabar.

O fim está próximo,
eu simplesmente quero que o mundo morra,
chamas pra todos os lados,
arde o fogo do fim.


segunda-feira, 26 de março de 2012

Felicidade, cade?

                                                                                 


Quando chega o fim? Aonde é o fim ?
Como assim? Eu só queria um abraço,
um abraço forte. Talvez eu queria muito,
e as pessoas tem pouco à me oferecer,
ou até mesmo elas tem muito, mas só
oferecem um pouco. Talvez eu não entenda
ninguém, e queira que todos me entendam.
Sinto saudade dos meus amigos, essa hora
poderia estar na casa do Molchê, ligando pra nada,
só conversando, questionando idéias, 
compartilhando as mágoas que abrigam
nossos corações dilacerados. Mas parece
que não, e pra variar, eu queria muito
alguém do meu lado, me sinto muito só,
com a corda no pescoço, pensando em se jogar, 
frio sem vida, olhe para mim,
eu não consigo falar o que penso pra você,
sinto o receio assombrar minha alma,
o medo de perder aquilo que não tem,
jamais foi entendido por mim, sou contraditório,
sou uma tempestade, você vê minha beleza,
mas não sente nem o cheiro da minha agonia,
besteira eu sei,  mas um dia você ainda vai me ouvir, 
e talvez eu não esteja mais aqui. Covarde, eu sei.