O caminho da vida é a morte, a morte anda lado a lado,
estou morrendo, morrendo desde que nasci, me surpreenda,
diga algo novo, algo que eu não ouvi, que eu ainda não senti,
me de algo novo, por favor, puxe minha mão me tire daqui.
Me diga o que te faz continuar ? O que te faz viver ?
Eu tive um impulso, em pensar abandonar tudo e todos,
mas o extinto não me deixa seguir, penso em todos
e tudo que vi, não sobra nada, sobra o nada, vejo
essa imensidão escura no vacuo, vejo matérias inertes
que brilham ostentando beleza, ardendo em chamas,
parecem estar grudadas lá em cima, eu quero alcança-las
só para trazer até você, mas você não quer ver.
Morte seja minha amiga, me leve, deixe-me sentir seu gelado beijo
pois não aguento mais tanta frieza, tanto descaso.
Eu não sei mais o que fazer, meu corpo anestesiou, suas palavras
batem e voltam, me deixaram assim, eu não nasci triste, eu simplesmente
morri, morri ali, estou preso, preso. Quero bater minha cabeça
na parede até sangrar, sem saber o que fazer, pular de um lugar alto,
estourar com tiro a própia cabeça, ou simplesmente continuar te amando.
"Por mais que eu tente alcançar o prazer primitivo-perverso um orgasmo sombrio principio vital, prazer e tortura a dor e o sexo em uma conjuntura. Eu olhei para frente e vi que nada ia mudar eu me tornei uma adaptação irreversível e inclinada a se acabar."
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