sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Me sinto estranho



Nauseado estômago, minhas costas formigam
vou vomitar na sua cara,
não me olhe mais, não pense mais em mim,
me odeie, não pense, apenas haja.

E deixe agir,
todo esse mal dentro de ti e de mim,
sinto coisas inexplicáveis
não escolhi ser assim.

Oras inferno, por que isso ?
Essa vontade louca de se matar?
Entediante vida iludida,
aonde irei parar ?

Sumir de vez, se transformar em nada,
minha alma vazia chora e soa frio,
se aperta, estou morrendo,
estou por um fio.

E mesmo depois de toda sujeira 
que irei deixar em meu lençol branco,
marcas de sangue,
junto com um bilhete dizendo "te amo".

Te amo, te odeio, te esqueço,
me torturo à cortes profundos,
seus, nossos,
fantasmas do meu submundo.

Drogas, aonde estão elas?
Cordas em meu pescoço, navalhas cortam minha pele,
fazem linhas brancas entorpecidas,
sujo, sozinho, depressivo herege.

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